Rio - Fenômeno musical do ano, Susan Boyle realiza seu sonho de virar cantora profissional com o lançamento de seu primeiro disco ‘I Dreamed a Dream’, esta semana nas lojas do Brasil, pela Sony Music. Aos 48 anos, Boyle virou sensação instântanea a partir de 11 de abril, ao defender tema do musical ‘Os Miseráveis’, que batiza seu CD, no programa de calouros ‘Britain’s Got Talent’. O visual desleixado calou a boca dos jurados, da plateia e do mundo quando ela soltou a voz límpida e interpretou ‘I Dreamed a Dream’ com afinação e emissão dignas de uma Barbra Streisand.
CORDAS E CORO GOSPELProduzido por Simon Cowell, um dos jurados do programa de calouros, o álbum de Boyle foi feito para realçar sua voz. Grandiosa, a produção usa e abusa de cordas e coros para criar atmosfera sentimental e seduzir o chamado grande público. No todo, ‘I Dreamed a Dream’ é bom, mas peca por certa uniformidade.
O canto límpido de Boyle padroniza baladas extraídas dos repertórios de Madonna (‘You’ll See’, hit da coletânea ‘Something to Remember’, de 1995) e do grupo Rolling Stones (‘Wild Horses’, do álbum ‘Sticky Fingers’, de 1971).
Dentro dessa linearidade previsível, Boyle investe em temas do cancioneiro gospel (‘Amazing Grace’, ‘How Great Thou Art’ — faixas com coros e tons grandiloquentes) e num clássico natalino (‘Silent Night’) com a mesma assepsia digna de um produto direcionado às massas.
Em ‘Daydream Believer’ (tema do repertório dos Monkees) e ‘The End of the World’, faixa em que se ouve com mais destaque um violão, Boyle arrisca tons mais intimistas. Mas sem se desviar por completo do padrão que rege esse seu primeiro disco, moldado para valorizar o canto asséptico e afinado da intérprete escocesa.
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